sábado, 12 de fevereiro de 2011

As companhias de seguros portuguesas querem aumentar o preço do seguro automóvel. O presidente da APS (Associação Portuguesa de Seguradores) é taxativo quando diz que as seguradoras estão a sentir há muito uma estagnação nos custos do seguro automóvel. Em presença dos resultados negativos de quase um terço das seguradoras nacionais no primeiro semestre de 2010, é espectável um acréscimo das tarifas que as companhias praticam para o seguro automóvel.

Os seguros automóvel e de acidentes de trabalho, têm funcionado nos últimos tempos como objecto de concorrência entre as seguradoras, funcionando para cativar novos segurados, particulares ou empresas. Também por força dessa bandeira, ao longo dos anos, tem-se presenciado uma redução do custo desses produtos de seguro e a um aumento da sinistralidade. O seguro auto e os de acidentes de trabalho são a base de toda a área Não-Vida que, por sua vez, sempre foi fundamental para a actividade seguradora.

O facto de os lucros da área Vida - seguros de vida, seguros de capitalização, fundos de investimento e fundos de pensões - terem sido no primeiro semestre de 2010 mais de dez vezes os lucros do ramo Não-Vida –composta pelo seguro automóvel, seguro multiriscos, acidentes de trabalho e pessoais, e responsabilidade civil - faz com que as seguradorassintam uma necessidade iminente de aumentarem os preços do seguro automóvel. Se isso acontecer, é bem capaz dos restantes produtos do ramo não-vida acompanharem os aumentos.
Os seguros auto têm vindo a ficar cada vez mais baratos. Nos últimos tempos, graças à elevada concorrência no sector segurador, a tendência de descida do valor dos prémios tem sido generalizada, mas mais visível no seguro automóvel, segundo os dados da própria Associação Portuguesa de Seguradoras (APS), que calcula em quase um terço a quebra média de preços nos últimos seis ou sete anos.
Os resultados do European Consumer Satisfaction Índex (ECSI) para o nosso país relativo à actividade seguradora mostravam os consumidores cada vez mais agradados com o serviço prestado: a avaliação melhorou em todos os critérios analisados, com especial destaque para o tratamento de reclamações, e os aspectos mais valorizados são a imagem e a qualidade.
Os consumidores de seguros são por norma pouco leais a uma marca, e muito sensíveis ao preço do seguro, embora a generalidade dos clientes de seguros entenda que o preço só os fariam mudar de companhia se a diferença face ao preço actual fosse de pelo menos um quinto do valor.

0 comentários:

Enviar um comentário